O chefe da diplomacia da União Europeia condenou nesta quarta-feira (10) o bombardeio de Israel contra uma escola em Khan Younis, na Faixa de Gaza.
O local abrigava palestinos deslocados pela guerra contra o grupo fundamentalista Hamas e, segundo as autoridades locais, o ataque da última terça (9) deixou pelo menos 29 mortos. "Uma escola que abrigava famílias em Khan Younis foi bombardeada pelas IDF [Forças de Defesa de Israel], com dezenas de pessoas mortas. Por quanto tempo os civis inocentes suportarão o peso desse conflito?", escreveu o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, no X.
"Condenamos qualquer violação do direito internacional, e os autores devem ser responsabilizados. É imperativo alcançar um cessar-fogo imediatamente para dar alívio a centenas de civis, libertar todos os reféns e entregar a ajuda humanitária necessária", acrescentou.
Inicialmente, o Exército de Israel disse que a escola abrigava atividades "terroristas" do Hamas, mas depois anunciou a abertura de uma "investigação" sobre as mortes de civis no bombardeio. Até o momento, os ataques israelenses na Faixa de Gaza fizeram 38,3 mil vítimas desde 7 de outubro de 2023, data do início do atual conflito, deflagrado após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel.
As IDF também lançaram panfletos sobre a Cidade de Gaza intimando os habitantes a fugir para "zonas humanitárias" no sul do enclave e já realizaram na última madrugada uma "incursão mirada" contra "terroristas" do Hamas e da Jihad Islâmica dentro da sede da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) no município.
"As tropas eliminaram terroristas em um combate corpo a corpo e localizaram grandes quantidades de armas na área", disse o Exército. (ANSA)
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