O Irã vai às urnas nesta sexta-feira (5) para o segundo turno das eleições presidenciais convocadas após a morte do mandatário Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero, em maio passado.
A disputa reúne o parlamentar reformista e ex-ministro da Saúde Masoud Pezeshkian e o fundamentalista e ex-negociador do acordo nuclear com o Ocidente Saeed Jalili, que obtiveram 42% e 39% dos votos no primeiro turno, respectivamente.
Na votação de 28 de junho, apenas 40% dos eleitores foram às urnas, menor índice desde a Revolução Islâmica de 1979, que instaurou um regime teocrático guiado por aiatolás no país persa.
"A participação foi inferior ao previsto, mas isso não significa que os que não votaram são contra o sistema", ponderou o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, na última quarta (3).
Ainda assim, o aiatolá pediu que os eleitores votem no segundo turno, porque isso ajudaria o Irã a "materializar seus objetivos internos e no exterior".
As eleições têm como pano de fundo as tensões regionais por conta da guerra entre Israel e Hamas, grupo apoiado por Teerã, na Faixa de Gaza e as disputas com o Ocidente sobre o programa nuclear iraniano, bem como a crescente insatisfação popular com o impacto das sanções na economia nacional. (ANSA)
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