O Poder Executivo da União Europeia anunciou nesta quarta-feira (12) que poderá taxar a importação de veículos elétricos chineses em até 38,1% a partir do mês que vem.
Segundo o bloco, os resultados preliminares de investigações sobre o setor indicaram que os produtos "se beneficiam de subsídios injustos" e "representam uma ameaça de dano econômico para os fabricantes da UE".
A tarifa será diferente a depender do fabricante: 17,4% para BYD, 20% para Geely e 38,1% para SAIC. Outros fabricantes que colaboraram com a investigação estarão sujeitos a uma tarifa média de 21%, e a de 38,1% se repetirá para aqueles que não colaboraram.
Os valores poderão ser alterados ao fim da investigação.
A Câmara de Comércio Chinesa na UE expressou "choque, séria decepção e profunda insatisfação" com as tarifas compensatórias provisórias anunciadas.
A instituição manifestou receios ligados ao fato de que a medida possa "intensificar as tensões comerciais entre Pequim e Bruxelas, impactando negativamente as relações econômicas e comerciais" entre as duas partes.
O Ministério do Comércio da China afirmou que o bloco europeu "ignorou os fatos e as regras da OMC, as repetidas objeções firmes da China, os apelos e dissuasões de governos e indústrias de vários Estados europeus".
A pasta contestou as conclusões da UE, "sem base factual e legal, que ignoram o fato objetivo de que os benefícios da China nos veículos elétricos derivam da competição aberta". O país ainda instou a UE "a corrigir imediatamente suas práticas errôneas", reservando-se o direito de adotar "todas as medidas necessárias" para proteger as empresas chinesas.
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