(ANSA) - As reivindicações dos agricultores que espalharam protestos da França para outros países da Europa, como Itália, Espanha, Bélgica e Alemanha, vão desde uma revisão do Green Deal europeu à suspensão do acordo entre União Europeia e Mercosul.
Um dos principais pedidos é por mudanças na Política Agrícola Comum (PAC), que existe há mais de 60 anos, garantindo preços com o objetivo de aumentar a produção agrícola do bloco e garantir a alimentação a preços moderados, apoiando a atividade.
No entanto, os agricultores são contra, por exemplo, a obrigação de deixar 4% das terras em pousio, a prática de deixar o solo “descansar” das atividades agrícolas.
A exigência para receber os incentivos já foi suspensa pelo poder Executivo da União Europeia diante da ameaça à segurança alimentar causada pela guerra na Ucrânia – agora, diante dos protestos, a interrupção deve ser prorrogada.
Em alguns países, os agricultores se queixavam do corte de benefícios e subsídios agrícolas, como incentivos fiscais para compra de diesel. É o caso da Alemanha, onde o chanceler Olaf Scholz decidiu implementar um mecanismo gradual para suavizar os cortes após os protestos.
Da França vem a maior oposição do acordo do bloco com o Mercosul, mas os demais países em manifestação também se preocupam com a questão. O setor teme a entrada de produtos sul-americanos no mercado europeu a preços mais competitivos.
Os manifestantes também pedem maiores rendimentos, apoio econômico, intervenções para lidar com as mudanças climáticas e epidemias como a da gripe aviária, além de proteção contra o aumento dos preços dos combustíveis e da energia.
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