A Apple se alinha à normativa da União Europeia sobre o carregador de baterias padronizado. Os novos iPhone 15, apresentados em Cupertino, têm a porta USB-C para a recarga, um anúncio esperado há tempo, com o qual a empresa de Tim Cook abandona após 11 anos seu sistema Lightening, diante da normativa de Bruxelas que deu aos produtores tecnológicos o prazo até 2024 para a adequação.
Uma norma pedida há tempo pelos consumidores, que favorece a reciclagem e busca diminuir o lixo eletrônico.
A apresentação da Apple, de resto, foi muito voltada ao meio-ambiente, com a empresa lançando o primeiro Apple Watch construído com 100% de energia renovável e aguardando para se tornar totalmente neutro em carbono até 2030.
O evento de setembro é, há mais de dez anos, a ocasião da empresa para mostrar suas novidades em produtos.
No teatro dedicado a Steve Jobs, foi lançada a nova linha do iPhone 15, com quatro modelos (base, Plus, Pro e Pro Max), que mantêm as dimensões dos anos passados mas com os cantos em torno da tela mais finos e com - sobretudo nas versões Pro - uma câmera potencializada, um chip que melhora a performance, materiais premium como o titânio.
Outra novidade é o SOS de emergência via satélite, um modo com o qual, começando pelos EUA, os automobilistas poderão desfrutar do iPhone para pedir assistência para problemas durante a viagem.
Os telefones estarão disponíveis a partir de 22 de setembro e os preços para os modelos Pro, os mais protentes, começam em US$ 999 e US$ 1.199 (R$ 4,9 mil e R$ 5,9 mil).
"Todo ano buscamos inovar nossa linha do iPhone, tornando-a mais funcional e útil. Dessa vez fomos além", disse o CEO Tim Cook durante a apresentação, anunciando que os visores de realidade virtual Vision Pro estarão disponíveis no início de 2024.
Os novos iPhone 15, em um rito iniciado por Steve Jobs que se renova desde 2007, chegam em um momento em que o mercado dos smartphones marca a maior queda da última década, que está atenuando a demanda dos consumidores e alongando os ciclos de atualizações.
Mas chegam também em um momento em que as controvérsias geopolíticas entre Estados Unidos e China - que pensa em vetar a seus funcionários públicos o uso do iPhone por questões de segurança nacional - causaram a perda, em dois dias, de 200 bilhões em capitalização.
Outras sombras sobre o mundo tecnológico são lançadas pelo processo iniciado nos EUA contra o Google, que poderia mudar o mundo digital.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA