O ministro para a Transição Ecológica da Itália, Roberto Cingolani, disse neste domingo (2) que o país poderá passar o inverno no hemisfério norte com estoques de gás, a menos que haja "eventos catastróficos".
Em entrevista ao programa "In Mezz'ora", conduzido por Lucia Annunciata, o político explicou que atualmente "são mais de 40 milhões de metros cúbicos de gás para armazenamento e entre 18 e 20 milhões exportados" no país.
Segundo Cingolani, a Itália tem um armazenamento de gás preenchido com mais de 90% de capacidade. "Nossas simulações mostram que, salvo eventos catastróficos, como meses de inverno muito frios ou outros evento de guerra, estamos cobertos para o inverno", acrescentou.
"Em termos de estoque, assumimos o compromisso europeu de atingir 90% no final de outubro e atingimos no final de setembro, e agora pretendemos aumentá-los", explicou ele, enfatizando que esse patamar "nos permitirá ter mais flexibilidade para este inverno".
Para o ministro italiano, o problema no momento não é a disponibilidade do gás, mas o seu preço. "Nas próximas 48 horas enviaremos a nossa proposta de redução do preço do gás e o objetivo comum é chegar à próxima cúpula dos chefes de estado e de governo europeus em Praga, nos dias 6 e 7 de outubro, com uma dúzia de linhas acordadas", disse.
Ontem, a empresa italiana ENI anunciou o cancelamento do fornecimento de gás russo para Tarvisio durante o fim de semana, mas disse esperar o reestabelecimento.
Cingolani não comentou o caso, mas disse que os temas da agenda de uma reunião com o embaixador russo na próxima segunda-feira (3), no Ministério das Relações Exteriores da Itália, incluiriam a suposta sabotagem no gasoduto Nord Stream.
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