A "nuvem de metano" que se formou entre a Suécia, Dinamarca e a Noruega após quatro grandes vazamentos terem sido detectados nas linhas dos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2 está se aproximando da Itália nesta sexta-feira (30), informam as autoridades.
No entanto, segundo o diretor do Laboratório de Monitoramento e de Modelagem Ambiental para Desenvolvimento Sustentável e do Conselho Nacional de Pesquisas (Consorzio Lamma-CNR), Bernardo Gozzini, não há riscos para a saúde da população e nem de poluição atmosférica.
O especialista explica que a "nuvem" já se diluiu muito na atmosfera e que o gás metano - apesar de incidir sobre o aquecimento global - não é poluente como outros gases.
Conforme o último relatório divulgado pelo Instituto Norueguês de Pesquisa sobre Ar (Nilu), a "grande nuvem" que se formou no dia 27 de setembro se dividiu em duas partes e representa a fuga de 80 mil toneladas do gás.
Os quatro vazamentos no Mar Báltico, próximos à ilha de Bornholm, são alvo de investigações de vários países e organizações. Rússia e os países ocidentais trocam acusações sobre uma possível sabotagem ou um ataque submarino com bombas para provocar tamanho dano na estrutura.
Desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, em fevereiro deste ano, a União Europeia e outros países do Velho Continente vêm impondo uma série de sanções contra Moscou para tentar frear o conflito.
Já Moscou, por meio da estatal Gazprom, vem reduzindo o fornecimento para os países europeus a cerca de 20% da capacidade e até suspendendo por dias consecutivos o envio do combustível fóssil para pressionar pela retirada das punições.
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