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Biden autoriza Kiev a usar míssil de longo alcance contra Rússia

Biden autoriza Kiev a usar míssil de longo alcance contra Rússia

Informação divulgada pela imprensa americana provocou polêmica

ROMA, 18 de novembro de 2024, 11:05

Redação ANSA

ANSACheck
Rússia lançou ataque massivo contra Ucrânia © ANSA/AFP

Rússia lançou ataque massivo contra Ucrânia © ANSA/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance fornecidos pelos norte-americanos para atacar a Rússia durante a guerra, informou o jornal "The New York Times", citando fontes oficiais.
    A decisão teria sido tomada depois que a Coreia do Norte enviou tropas para lutarem na guerra contra o território ucraniano ao lado dos russos.
    Segundo a imprensa norte-americana, os mísseis de longo alcance devem ser utilizados inicialmente contra os russos e norte-coreanos na região de Kursk, território tomado pela Ucrânia em uma contraofensiva em agosto passado.
    A fonte ouvida relata que a decisão de Biden foi comunicada à Ucrânia há cerca de três dias e que a motivação é dissuadir a Coreia do Norte de enviar mais militares para a Rússia.
    As autoridades norte-americanas esperam que, se as tropas norte-coreanas em Kursk forem atingidas, Pyongyang possa reconsiderar a sua decisão de enviar soldados para a Rússia, levando o contra-ataque ao fracasso.
    A informação provocou polêmica e críticas. "Parece que o complexo militar-industrial quer garantir o início da Terceira Guerra Mundial antes que meu pai tenha a chance de criar a paz e salvar vidas. Esses trilhões de dólares precisam ser interrompidos", declarou Donald Trump Jr, filho do presidente eleito, em uma publicação no X.
    Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência Ria Novosti, afirmou que, se a permissão americana dada a Kiev for confirmada, isso significaria "um novo aumento nas tensões".
    A administração cessante dos EUA de Joe Biden continua a "colocar lenha na fogueira e provocar uma maior escalada do conflito" na Ucrânia, acrescentou o russo.
    Por outro lado, o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrel, destacou que o presidente russo, Vladimir Putin, "respondeu às tentativas de diálogo com o bombardeio mais pesado em meses contra infraestruturas civis e energéticas, em particular", portanto, "não parece que ele queira negociar, pelo contrário".
    "Eu disse que devemos aprender a usar a linguagem do poder, mas para isso é preciso estar unido e muitas vezes não o temos feito, com discussões demasiado longas: isto impede a UE de ser uma potência geopolítica", acrescentou.
    Após o anúncio, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reforçou que a política italiana de permitir apenas que Kiev use a ajuda armamentista que Roma envia em território ucraniano não mudou.
    "Nossa posição sobre o uso de armas (italianas) pela Ucrânia não mudou, elas só podem ser usadas dentro do território ucraniano", declarou Tajani à margem do Conselho de Relações Exteriores em Bruxelas.
    "Somos a favor de uma cúpula de paz com a presença dos russos, chineses, indianos e brasileiros, e espero que Pequim possa desempenhar um papel positivo em fazer Moscou entender que essa guerra sem sentido deve parar", acrescentou.
    Além disso, o chanceler italiano destacou que "é claro que a presença de soldados norte-coreanos (ao lado das forças russas) não é um bom sinal".
   

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