A Ucrânia foi alvo de "um dos ataques aéreos mais poderosos" já lançados pela Rússia, anunciou o ministro das Relações Exteriores do governo de Volodymyr Zelensky, Andryi Sybiha, neste domingo (17).
Segundo o político ucraniano, foram enviados "drones e mísseis contra cidades pacíficas, civis adormecidos, infraestruturas essenciais".
A ofensiva fez a Polônia disponibilizar caças e mobilizar todas as forças disponíveis para responder ao ataque "massivo".
"Devido a um ataque massivo da Rússia, com mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e drones contra locais localizados, entre outros lugares, no oeste da Ucrânia, começaram as operações de aeronaves polonesas e aliadas", informou o comando operacional polonês na rede social X.
Um bombardeamento massivo e coordenado atingiu todas as regiões da Ucrânia. Durante a noite do último sábado (16) e a manhã de hoje, os russos usaram drones de diferentes tipos, em particular Shahed, além de mísseis de cruzeiro, balísticos e hipersônicos Zirkon, Iskander e Kinzhal.
"No total, cerca de 120 mísseis e 90 drones destruíram mais de 140 deles foram abatidos. O alvo do inimigo era a nossa infraestrutura energética em todo o país. Infelizmente, há danos", afirmou Zelensky no Telegram.
O presidente ucraniano disse que em Mykolaiv, afetado por um ataque de drone, "duas pessoas foram mortas e outras seis ficaram feridas, incluindo duas crianças".
Já o ministro da Energia da Ucrânia, German Galushchenko, indicou que "um ataque massivo ao sistema elétrico está em andamento" e que as forças russas estão "atacando instalações de produção e transmissão de eletricidade em todo o país".
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que uma pessoa ficou ferida quando um fragmento de um drone caiu sobre um prédio na capital.
Autoridades locais e os meios de comunicação ucranianos relataram numerosas explosões em todo o país, especialmente no sul, em Zaporizhzhia, Odessa, Mykolaiv e Chernigov. Os cortes de energia planejados afetaram a capital Kiev, sua região e as províncias de Donetsk, Donbass e Dnipropetrovsk, informou o portal Ukrinform.
"Esta é uma medida preventiva", escreveu o chefe da administração regional de Kiev, Serhii Popko.
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