Quase 1,5 mil pessoas foram evacuadas nesta sexta-feira (20) na região da Emilia-Romagna, no norte da Itália, após uma segunda noite de inundações causadas por chuvas torrenciais.
Segundo as autoridades locais, os moradores foram evacuados devido ao alerta vermelho de clima extremo previsto para durar pelo menos até hoje à noite.
Operações de busca também continuam em andamento para localizar ao menos dois cidadãos desaparecidos em Bagnacavallo, perto de Ravenna, depois que um telhado onde eles haviam se abrigado desabou após o rio Lamone romper suas margens, inundar a cidade e destruir casas.
No entanto, o prefeito de Ravenna, Castrese De Rosa, esclareceu que existe a hipótese de ser apenas um desaparecido.
Quase todo o município foi evacuado. As províncias mais atingidas foram Bolonha, Cesena, Forlì, Ravenna e Rimini.
Em particular, entre as zonas severamente afetadas estão a cidade de Modigliana, perto de Cesena e Forlì, que foi atingida por deslizamentos de terra; uma série de áreas na província de Bolonha, onde o rio Idice rompeu suas margens em Budrio; o vale de Zena e Forlì, território no qual os moradores ficaram tensos depois que o rio Montone transbordou.
Na província de Ravenna, as áreas de Faenza, Castel Bolognese, Cotignola e Lugo foram gravemente atingidas pelas enchentes.
Na noite de quinta-feira, a chuva cessou e o nível dos rios diminuiu sensivelmente com uma série de ordens de evacuação. O tráfego ferroviário foi reativado na maioria das províncias com apenas algumas exceções.
O alerta vermelho de clima extremo, no entanto, foi estendido até hoje com as escolas permanecendo fechadas em Ravenna e em algumas áreas ao redor de Forlì e Cesena, declarou a governadora interina da Emilia-Romagna, Irene Priolo.
O chefe do Departamento da Defesa Civil, Fabio Ciciliano, disse que "a emergência não acabou de jeito nenhum", explicando que a evolução da situação está sendo monitorada de perto.
Em maio de 2023, a Emília-Romagna foi atingida por inundações e deslizamentos de terra provocados por chuvas sem precedentes que deixaram 17 mortos e causaram bilhões de euros em danos.
Muitas das áreas inundadas devido às chuvas torrenciais de ontem já haviam sido afetadas pela tragédia do ano passado.
Enquanto isso, chuvas torrenciais também foram registradas na região de Marcas, em particular em Ancona, onde o rio Aspio transbordou, e na província de Senigallia.
Na Toscana, a parte norte da área de Mugello ficou em alerta máximo depois que várias estradas provinciais foram fechadas devido a deslizamentos de terra.
Ao todo, o Corpo de Bombeiros realizou mais de mil intervenções em dois dias com a ajuda de drones, mergulhadores, socorristas fluviais e helicópteros.
Hoje, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, enviou "um pensamento para a população da Emilia-Romagna, vítima da terrível enchente".
Meloni planeja alocar 20 milhões de euros para Emilia-Romagna
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou nesta sexta-feira (20) que o governo alocará 20 milhões de euros para a região da Emilia-Romagna, no norte do país, assim que receber o pedido de declaração do estado de emergência por causa da onda de mau tempo.
“Assim que chegar ao governo o pedido de declaração do estado de emergência por parte da Região da Emilia-Romagna será convocado um Conselho de Ministros que atribuirá 20 milhões de euros para tratar da primeira necessidade e para o restabelecimento de serviços essenciais”, declarou ela em uma reunião com as autoridades regionais.
'Não há desaparecidos no norte da Itália', dizem autoridades
As autoridades italianas informaram nesta sexta-feira (20) que ninguém está desaparecido em Bagnacavallo, perto de Ravenna, depois que relatos iniciais alegaram que dois e depois um morador estavam desaparecidos após o desabamento de uma casa devido a enchentes na área.
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