Prosseguem as buscas pelas mais de 60 pessoas desaparecidas no naufrágio de um barco de migrantes perto da costa da Itália, no Mar Mediterrâneo.
De acordo com relatos dos sobreviventes, ao menos 66 indivíduos teriam caído na água após a embarcação virar a cerca de 200 quilômetros do litoral da região da Calábria, incluindo 26 crianças.
Até o momento, no entanto, a Guarda Costeira recuperou apenas três cadáveres perto do local da tragédia.
As buscas também contam com o auxílio de veículos aéreos e vão além da área onde ainda é visível o barco semiafundado, já que as correntes marítimas e os ventos podem ter arrastado as vítimas.
Um navio que passava pela região logo após o incidente conseguiu resgatar 12 indivíduos com vida, porém uma mulher morreu enquanto era transferida para a Itália.
Outras nove pessoas - inclusive uma menina de 10 anos - foram levadas para hospitais na Calábria e apresentam ferimentos de diversos tipos, incluindo queimaduras, o que indica que o naufrágio pode ter sido causado por uma explosão.
Dois migrantes chegaram à Itália ilesos e estão em uma estrutura de acolhimento na cidade de Roccella Ionica. O barco naufragado havia partido da Turquia nove dias atrás, e os deslocados internacionais viajavam sem coletes salva-vidas, segundo os sobreviventes.
Desde o início do ano, a Itália já recebeu 24 mil migrantes por via marítima, sendo que quase todos eles partiram do litoral da Líbia ou da Tunísia, de acordo com o Ministério do Interior.
As principais nações de origem em 2024 são Bangladesh (4,9 mil), Síria (3,5 mil), Tunísia (3,1 mil), Guiné, (1,9 mil) e Egito (1,5 mil). (ANSA)
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