Mais de 800 pessoas já morreram ou desapareceram no Mar Mediterrâneo Central desde o início de 2024, segundo a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
O número foi divulgado nesta segunda-feira (17), na esteira de duas novas tragédias na região: na primeira, pelo menos 10 pessoas morreram sufocadas em um barco de madeira superlotado na costa da Líbia; na outra, uma embarcação repleta de migrantes virou perto do litoral da Itália e deixou mais de 60 desaparecidos.
"Se os dados forem confirmados, o número de mortos e desaparecidos no Mediterrâneo Central em 2024 passaria de 800, com uma média de quase cinco por dia desde o início do ano", disseram o Acnur, o Unicef e a OIM.
"Lamentamos profundamente as dezenas de vítimas nos dois novos incidentes no Mediterrâneo", acrescentaram as entidades, ressaltando que cada naufrágio "significa um fracasso coletivo e um sinal tangível da incapacidade dos Estados de proteger os mais vulneráveis".
"A três dias do Dia Mundial do Refugiado, esses incidentes no mar são inaceitáveis", afirmaram as agências da ONU.
Desde o início do ano, a Itália já recebeu 23,7 mil deslocados internacionais pela rota do Mediterrâneo Central (a partir de Líbia ou Tunísia), de acordo com o Ministério do Interior. (ANSA)
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