O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reuniu nesta sexta-feira (26) com o presidente da China, Xi Jinping, para uma troca "profunda e construtiva" e fez um alerta sobre o apoio militar de Pequim à Rússia.
Segundo o norte-americano, o regime de Vladimir Putin "teria mais problemas" na sua guerra contra a Ucrânia se não tivesse o apoio do governo chinês.
"Nas minhas reuniões aqui em Pequim levantei a questão dos componentes e bens de dupla utilização enviados da China para Moscou", relatou Blinken, ressaltando que se trata de uma situação incompatível tendo em conta a agressão a um país soberano.
No que diz respeito às relações bilaterais, Xi reconheceu que os dois países registraram "alguns progressos positivos" desde seu encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, e afirmou que a China e os Estados Unidos deveriam ser "parceiros, não rivais", conforme relatado pela emissora estatal CCTV.
"Os dois países deveriam ser parceiros, não rivais. Mas ainda há uma série de questões que precisam ser resolvidas e ainda há espaço para esforços adicionais", acrescentou o líder chinês.
Além disso, reforçou que a China espera que o governo norte-americano tenha "uma visão positiva" do desenvolvimento do seu país. "Quando esta questão fundamental for resolvida, as relações podem verdadeiramente estabilizar, melhorar e avançar", concluiu Xi.
Em relação ao conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, Blinken destacou que a China "pode ajudar a acalmar as tensões no Oriente Médio".
Por fim, os líderes também revelaram que Pequim e Washington "terão as suas primeiras conversações sobre inteligência artificial", um primeiro passo importante para encontrar um terreno regulamentar comum.
Antes de se reunir com XI, Blinken se encontrou durante cinco horas e meia com o principal diplomata da China, Wang Yi, em um dos mais recentes contatos de alto nível em meio a tensões entre as nações.
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