(ANSA) - O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, criticou nesta sexta-feira (19) a China por "abastecer a maior ameaça à segurança europeia desde a Guerra Fria", uma referência à Rússia.
Segundo o político americano, Pequim é atualmente o principal contribuinte para a guerra de Moscou na Ucrânia por meio de fornecimento de componentes críticos para armamento.
"A Rússia não é apenas uma ameaça para a Ucrânia, mas também continuará a ser para outros países europeus", afirmou ele durante coletiva de imprensa no final da reunião de chanceleres do G7 na ilha de Capri, na Itália.
Blinken destacou ainda que "a China não pode ter um pé e dois sapatos, não pode ter relações amistosas com países europeus e ao mesmo tempo abastecer a maior ameaça à segurança europeia desde a Guerra Fria".
"Acredito que o que vemos hoje é um produto da relação entre a China e a Rússia. Dissemos claramente à China para não fornecer armas à Rússia pela sua agressão à Ucrânia, não vimos fornecimentos diretos, mas são fornecimentos de componentes essenciais", acrescentou.
De acordo com o secretário dos EUA, a comunidade internacional vê "a China compartilhando máquinas-ferramentas, semicondutores e outros itens de dupla utilização que ajudaram a Rússia a reconstruir a base industrial de defesa".
Os EUA alertam a China para não ajudar o esforço de guerra de Moscou desde a invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022.
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