(ANSA) - Em uma reunião nesta segunda-feira (15), convocada após o ataque do Irã a Israel, o Comitê Nacional para a Ordem e Segurança Pública da Itália avaliou que, no momento, o risco principal para o país é o de ação de “lobos solitários”.
Segundo fontes do Ministério do Interior, os aparatos de segurança pretendem redobrar a atenção aos fluxos migratórios irregulares, que podem ser a porta de entrada para sujeitos potencialmente perigosos.
Também por isso, deportações e prisões têm sido mais frequentes nos últimos meses. No último dia 8 de abril, por exemplo, foi preso no aeroporto de Fiumicino, em Roma, um cidadão do Tajiquistão, de 32 anos, alvo de um mandado de prisão internacional por ser considerado um "membro ativo da organização terrorista" Estado Islâmico.
Mais do que as células organizadas, porém, o principal temor agora recai sobre indivíduos autônomos, que podem se “ativar” sem aviso, incentivados pela intensificação da propaganda online anti-Israel e anti-Ocidente.
A fronteira terrestre com a Eslovênia, por exemplo, está sob vigilância especial, já que relatórios de inteligência apontam o local como possível porta de entrada para jihadistas. Desde 21 de outubro, quando os controles foram reinstaurados, mais de 1,3 mil pessoas foram impedidas de entrar, e 120 foram presas.
O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, determinou que, em coordenação com a inteligência, as forças de ordem reforcem todas as atividades de prevenção, que já estão ampliadas desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
Os principais focos para a proteção são os locais que tradicionalmente são alvos de ataques – lugares com ligações com Israel, sedes diplomáticas, o Vaticano, monumentos, aeroportos e estações de transporte.
Também há máxima atenção sobre eventos que geram aglomerações, como shows, manifestações e eventos esportivos. Em Milão, foram reforçados os controles para o Salão do Móvel (16 a 21/04) e a Design Week (15 a 21/04); e, em Veneza, para a Bienal (20/04 a 24/11).
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