(ANSA) - Um ataque aéreo de Israel deixou ao menos 11 mortos nesta segunda-feira (1º) em um anexo da embaixada iraniana em Damasco, na Síria. Todas as vítimas eram combatentes.
Segundo um monitor de guerra, Mohammad Reza Zahedi, o líder no Líbano e na Síria da Força Quds, unidade do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã, está entre os mortos.
Tamir Hyman, diretor do Instituto para Estudos sobre Segurança Nacional (Inss) de Israel, disse que foi a morte “mais importante alcançada desde a do general Qasem Soleimani”.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos confirmou “a morte de um líder de alto escalão, dois conselheiros iranianos e cinco integrantes do Exército dos Guardiães”.
“Hossein Akbari, embaixador da República Islâmica do Irã em Damasco, e sua família, não se feriram no ataque”, informou a agência iraniana de imprensa Nour.
A representação diplomática ficou destruída. O edifício fica no bairro Mazzeh, perto também de uma sede das Nações Unidas.
Akbari afirmou que "a resposta de Teerã será dura" ao ataque de Israel contra a embaixada do Irã na Síria que matou oito pessoas, incluindo Mohammad Reza Zahed, alto comandante dos Pasdaran (Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica).
O diplomata também acrescentou que "após a remoção dos escombros do prédio destruído pelo ataque, o número exato de vítimas será divulgado".
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, pediu à comunidade internacional que aja após o ataque.
Amir-Abdollahian, em uma ligação com seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, "acusou o regime sionista das consequências dessa ação e destacou a necessidade de uma resposta séria por parte da comunidade internacional a essas ações criminosas".
Ele também afirmou que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu “perdeu completamente seu equilíbrio mental devido aos sucessivos fracassos do regime israelense em Gaza e à incapacidade de alcançar os ambiciosos objetivos dos sionistas".
Itália
O vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, classificou a situação após o ataque como “altamente tensa”.
“O Irã é o protetor do Hezbollah, os fundamentalistas que lutam contra Israel, que atacam Israel do sul do Líbano. Provavelmente, naquela área, também haverá Pasdaran. Certamente, em Damasco, havia Pasdaran e Zahedi, o general que foi morto, que tinha responsabilidades na Síria e no Líbano”, disse.
“Provavelmente, hoje também havia militantes do Hamas, é um rumor que está circulando, embora seja uma informação a ser verificada”, acrescentou.
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