(ANSA) - Israel retirou parte de sua delegação das negociações em andamento no Catar sobre um cessar-fogo em Gaza e para a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
A medida foi adotada após a resolução aprovada nesta segunda (25) pelo Conselho de Segurança da ONU.
Após a aprovação, o Hamas teria informado aos mediadores que não abandonará sua demanda para que o exército israelense seja retirado da Faixa de Gaza.
“Embora a resolução tenha chegado tarde e possa haver lacunas a serem preenchidas, a própria resolução indica que a ocupação de Israel está passando por um isolamento político sem precedentes", disse o chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, durante uma coletiva de imprensa em Teerã.
O porta-voz da chancelaria catariana, Majed al-Ansari, rejeitou as afirmações israelenses de que a resolução teria tido um "impacto imediato" nas negociações.
O próprio gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou: "A posição do Hamas claramente demonstra que não está interessado em continuar as negociações e representa uma evidência dolorosa dos danos causados pela decisão do Conselho de Segurança sobre o cessar-fogo em Gaza".
"Israel não cederá às demandas absurdas do Hamas e continuará agindo para alcançar os objetivos da guerra", garantiu o escritório.
Também nesta terça, o Hamas pediu o fim dos lançamentos de ajuda por via aérea depois que ao menos 18 pessoas morreram tentando recuperar os pacotes, incluindo 12 que se afogaram tentando recuperar insumos que caíram no mar.
Marwan Issa
O Exército de Israel confirmou nesta terça-feira a morte de Marwan Issa, número dois na cadeira de comando da ala militar do Hamas. A informação foi divulgada pelo porta-voz Daniel Hagari.
“Concluímos todas os testes e podemos dizer que foi eliminado”, disse Hagari.
Issa era considerado desaparecido, e os Estados Unidos chegaram a dá-lo como morto nos últimos dias. Ele teria sido atingido em um ataque direcionado no
último dia 11 de março, no centro da Faixa de Gaza.
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