(ANSA) - Milhares de pessoas saíram às ruas de Roma neste sábado (9) para protestar em defesa da paz no Oriente Médio e na Ucrânia e para apoiar o direito de se manifestar, na esteira da repressão contra uma passeata de estudantes pró-Palestina em Pisa, no fim de fevereiro.
O ato foi convocado pela coalizão Assis Paz Justa, que reúne diversas entidades do país, incluindo a Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), e consistiu em uma passeata entre a Piazza della Repubblica e os Fóruns Imperiais, um trajeto de 1,5 quilômetro.
"Hoje, qualquer pessoa que fale de paz é ridicularizada ou, pior, colocada em listas de banimento. O povo palestino está pagando um preço assustadoramente alto por um crime que não cometeu, esmagado por Hamas e Israel", disse a cantora Fiorella Mannoia no palco montado nos Fóruns Imperiais.
Já o ex-premiê de centro-esquerda Massimo D'Alema afirmou que se juntou ao protesto para "expressar solidariedade aos povos afetados" por conflitos e "pelo fato de que a comunidade internacional não consegue impor um cessar-fogo" em Gaza.
Por sua vez, o secretário-geral da Cgil, Maurizio Landini, pediu o fim do "massacre" contra os palestinos e a libertação de todos os reféns sequestrados pelo Hamas. "É preciso parar todas as guerras: na Ucrânia, na Síria, na África. Não estamos dispostos a aceitar que a guerra tenha se tornado um instrumento de regulação das relações entre Estados", acrescentou.
A manifestação ganhou força após estudantes adolescentes terem sido reprimidos pela polícia com cassetetes em um protesto em prol da Palestina em Pisa, na Toscana, gerando indignação no país.
O caso provocou até uma manifestação do presidente da República, Sergio Mattarella, que disse ao ministro do Interior, Matteo Piantedosi, que a "autoridade não é medida por cassetetes" e que a repressão a jovens é uma "demonstração de fracasso". (ANSA)
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