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Número de mortos em Gaza passa de 24 mil

Número de mortos em Gaza passa de 24 mil

Papa Francisco cobrou fim de 'tragédia' no Oriente Médio

GAZA, 15 janeiro 2024, 18:18

Redação ANSA

ANSACheck

Israeli air strikes in the south of Gaza City © ANSA/EPA

(ANSA) - Chegou a 24,1 mil o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, comandado pelo grupo fundamentalista Hamas.

O balanço registra 132 fatalidades nas 24 horas anteriores e também contabiliza cerca de 60,8 mil feridos desde o início da guerra, que completou 100 dias no ultimo domingo (14).

O conflito foi deflagrado após atentados terroristas do Hamas em Israel em 7 de outubro, que fizeram 1,2 mil vítimas. Além disso, mais de 100 pessoas continuam sequestradas pelo grupo islâmico.

A guerra também provocou uma tragédia humanitária na Faixa de Gaza, território que abriga mais de 2 milhões de moradores e que sofre com a escassez de água potável, comida e combustível e com a destruição de infraestruturas básicas.

"A atual situação da Terra Santa e dos povos que a habitam é gravíssima sob qualquer ponto de vista. Precisamos rezar e agir sem cansar para que essa tragédia termine", afirmou o papa Francisco em uma audiência nesta segunda-feira (15).

Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse que a reação de Israel é "legítima e necessária", mas precisa ser "proporcional". "Há vítimas demais entre os civis palestinos, demais", declarou o também vice-premiê a uma rádio.

Reféns

O Hamas divulgou um vídeo mostrando os corpos dos reféns Yossi Sharabi, 53, e Itai Svirsky, 38.

Nas imagens, Noa Argamani, 26, outra refém, diz que os dois foram mortos em dois bombardeios israelenses diferentes.

A divulgação das imagens sucedeu a divulgação de outro vídeo, no Telegram, em que o Hamas mostrava os rostos dos três reféns são colocados em uma espécie de jogo de adivinhação, acompanhados do texto: "O que acham? Todos mortos? Alguns mortos e alguns feridos? Ainda vivos?".

Logo em seguida, o Hamas afirmava que informaria sobre o destino dos reféns "nesta noite".

Os três foram sequestrados com outras cerca de 240 pessoas nos atentados de 7 de outubro.

Um pouco menos da metade dos reféns foi solta em novembro passado, mas Israel acredita que 132 ainda estejam em Gaza.

Esses mesmos três israelenses já haviam aparecido no vídeo do último domingo (14), no qual pedem para as autoridades agirem para garantir seu retorno para casa em segurança.

Após a divulgação, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o Hamas “pratica tortura psicológica contra as famílias dos reféns”.

“O Exército está em contato com as famílias e repassa suas informações confirmadas, e fornecerá mais detalhes em breve. Se a pressão militar na região acabasse, o destino dos reféns ficaria incerto por anos”, disse.

Defesa

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou nesta segunda-feira (15) que “os palestinos governarão Gaza após a guerra”.

“O poder lá deve ser deles. O fim de cada campanha militar deve estar vinculado a um gesto político. É o pensamento político que guia o militar. Em Gaza vivem palestinos e, portanto, os palestinos governarão lá no futuro”, disse o ministro em pronunciamento na TV.

“O poder futuro em Gaza deve emanar de dentro da Faixa de Gaza e basear-se em forças que não sejam hostis a Israel e que representem uma alternativa civil dedicada ao bem-estar da população local”, concluiu.

Itália

Já o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, disse que o governo trabalha para levar 120 crianças da Faixa e Gaza para a Itália.

"Apenas dois países enviaram dois navios para prestar assistência aos feridos na Faixa de Gaza: nós e a França. Estamos agora considerando a possibilidade de um hospital de campanha e estamos em negociações com o Egito", disse o ministro.

Ele aprofundou a crítica a outros países: “Estamos cuidando de 120 crianças com suas famílias que serão acolhidas em hospitais italianos devido a complicações mais graves. Estamos fazendo a nossa parte, outros países não".

 (ANSA)

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