(ANSA) - Cinco pessoas já foram oficialmente denunciadas pelas saudações fascistas em um evento oficial no último domingo (7).
A “saudação romana”, apropriada pelo fascismo e pelo nazismo, foi feita em uma cerimônia de lembrança pelos assassinatos de dois jovens militantes de direita durante os “Anos de Chumbo” de violência política na Itália, entre as décadas de 70 e 80, episódio conhecido como “massacre de Acca Larentia”
As denúncias foram registradas depois que a polícia entregou um relatório inicial ao Ministério Público nesta terça-feira (9) reconstruindo o que ocorreu na ocasião, do lado de fora da antiga sede do movimento neofascista Movimento Social Italiano (MSI), na Via Acca Larentia.
A apologia ao fascismo é proibida na Itália. Até o momento, mais de 100 participantes foram identificados.
O evento não teve participação do partido da premiê Giorgia Meloni, o Irmãos da Itália (FdI), que, apesar de ser herdeiro político do MSI, organizou eventos alternativos para relembrar o episódio.
Nesta quarta-feira (10) a líder do Partido Democrático (PD), de oposição, Elly Schlein, classificou como “embaraçosa” a falha da primeira-ministra em comentar o caso.
"Meloni falou por três horas [em sua coletiva de imprensa de fim de ano]. Ela só precisava de 30 segundos para se declarar antifascista", disse.
Schlein também reiterou seu apelo para que todas as organizações neofascistas sejam dissolvidas na Itália.
O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, respondeu dizendo que, quando o PD estava no governo, não buscou proibir nenhum grupo de extrema-direita.
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