(ANSA) - Subiu para 23.084 o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo grupo fundamentalista Hamas.
O boletim apresenta um acréscimo de 249 vítimas registradas nas 24 horas anteriores e também contabiliza 58.926 feridos em três meses de guerra. A maior parte dos mortos é formada por crianças e mulheres, segundo as autoridades locais. O conflito foi deflagrado em 7 de outubro, após atentados terroristas do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel, também civis em sua maioria.
Em meio ao prolongamento da guerra, manifestantes se reuniram diante do Knesset, o Parlamento israelense, em Jerusalém, para pedir o fim do governo do premiê Benjamin Netanyahu e a convocação de eleições antecipadas.
Alguns ativistas tentaram bloquear o acesso ao prédio, mas foram desalojados à força pela polícia. Entre os organizadores do protesto estavam familiares de pessoas assassinadas pelo Hamas em 7 de outubro.
"Meu irmão foi morto por causa de um homem que há oito anos conduz uma guerra privada contra todo o país só para sobreviver e fugir da Justiça. É um narcisista que nunca pensou na segurança do país", disse Roni Goren Ben-Zvi, que perdeu o irmão, Yonatan Richter, nos atentados de três meses atrás.
Opositores culpam o governo Netanyahu por não ter previsto os ataques do Hamas e o acusam de não fazer o bastante para libertar os reféns do grupo palestino. Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, telefonou nesta segunda-feira para seus homólogos da França, Catherine Colonna, e do Reino Unido, David Cameron, para discutir como o G7 pode pressionar as partes envolvidas no conflito para limitar as perdas civis - Roma preside o grupo em 2024.
"Os países do G7 estão trabalhando com o governo israelense para elaborar uma via de saída rápida da fase militar, para voltar à diplomacia e à política. A garantia de sobrevivência e segurança de Israel deve ser alcançada, mas é preciso sair rapidamente dessa fase e mirar no apoio dos países árabes", declarou Tajani. (ANSA)
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