(ANSA) - Ao menos 147 migrantes e refugiados, distribuídos em quatro barcos separados, desembarcaram na ilha de Lampedusa, no sul da Itália, em 1º de janeiro, no primeiro dia de 2024.
Após a transferência de 650 pessoas para fora da ilha, na manhã desta terça-feira (2), pelo menos 350 migrantes permanecem no "ponto de acesso" temporário de acolhimento de migrantes.
Por ordem da prefeitura de Agrigento, 300 pessoas seriam transferidas em balsa de passageiros para o Porto Empedocle, na Sicília continental, até o final do dia.
No sábado passado, o Ministério do Interior disse que 155.754 migrantes desembarcaram na Itália em 2023, incluindo mais de 17 mil menores estrangeiros não acompanhados. Isto representa um aumento de 50% em relação ao ano anterior, quando houve 103.846 chegadas.
Segundo as autoridades italianas, o navio humanitário de resgate Ocean Viking foi colocado sob detenção administrativa no porto de Bari depois de desembarcar 244 migrantes.
A embarcação da ONG SOS Mediterranee resgatou os migrantes, incluindo 18 menores desacompanhados, dois deficientes e duas mulheres grávidas, em três operações de resgate distintas no Mediterrâneo Central.
O grupo seria proveniente da Eritreia, Sudão, Bangladesh, Paquistão e Síria. "As autoridades italianas acusam o Ocean Viking de não cumprir as instruções para prosseguir sem demora e diretamente para o local de segurança designado", diz a ONG em comunicado.
"Presumimos que o nosso alegado incumprimento consistiu numa pequena mudança de rumo, que ocorreu depois de termos recebido um relato de um caso de perigo com pelo menos 70 náufragos a apenas 15 milhas náuticas de distância", continuou.
De acordo com as regras introduzidas pelo governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, há exatamente um ano, espera-se que os navios operados por ONGs naveguem diretamente para o porto de segurança designado após completarem uma operação de resgate, sem realizarem múltiplos salvamentos.
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