(ANSA) - O Tribunal de Roma condenou à prisão nesta quarta-feira (20) dois dos líderes do partido neofascista italiano Força Nova (FN) pela invasão à sede da Confederação-Geral Italiana do Trabalho (CGIL), principal sindicato da Itália, durante a série de protestos antivacinas e contra o uso do passe sanitário da Covid-19 em 2021.
O líder nacional do FN, Roberto Fiore, foi sentenciado a oito anos e seis meses de prisão, enquanto que o chefe do partido de extrema direita em Roma, Giuliano Castellino, terá que cumprir oito anos e sete meses de reclusão.
"Pessoas como nós nunca desistem. Agora vamos para a guerra", gritaram os dois após a leitura da sentença.
O caso ocorreu em outubro de 2021, quando membros do movimento neofascista Força Nova invadiram a sede da Cgil durante um protesto na capital italiana contra a exigência de certificado sanitário anti-Covid.
A justiça também condenou outras cinco militantes do partido: Luigi Aronica (8 anos e meio), Luca Castellini, Salvatore Lubrano, Lorenzo Franceschi e Pamela Testa (Todos condenados a 8 anos e 2 meses).
Fundado em 1997, o FN recusa o rótulo de "neofascista", mas suas manifestações são sempre repletas de referências nostálgicas ao ditador Benito Mussolini e a símbolos do fascismo, como a saudação romana.
O assalto à Cgil, inclusive, fez renascer o fantasma do "squadrismo", tática paramilitar de intimidação contra oponentes incorporada pelo fascismo logo em seus primórdios.
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