(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta quarta-feira (6) que "o Hamas quebrou a trégua, piorando a situação", reiterou que a Itália trabalha "pela paz" e prometeu que seu país doará 10 milhões de euros "para ajudar a população civil palestina".
Fazendo referência à situação do Oriente Médio, Tajani declarou que "o Hamas tem grandes responsabilidades porque continua a disparar foguetes e a manter os seus mísseis escondidos entre a população civil".
O ministro italiano acrescentou que, "ao usar a população civil como escudo, é difícil para o lado israelense atacar apenas posições militares. É um processo verdadeiramente complicado".
"Trabalhamos pela paz, mas o Hamas quebrou a trégua, piorando a situação. Talvez o Hamas queira isso, da mesma forma que queria que os acordos entre Israel e a Arábia Saudita não fossem assinados", reiterou Tajani em entrevista coletiva.
O chanceler italiano também apelou para Israel respeitar as normas do direito internacional em tempos de guerra, principalmente porque "a situação da população civil é muito complicada".
"A Itália está fazendo tudo o que pode. Os primeiros pacientes são hospitalizados no navio Vulcano, um navio-hospital atracado no Egito", explicou Tajani.
Além disso, ele ressaltou que o governo italiano vai "construir um hospital de campanha" e "também decidiu investir mais fundos". "No meu ministério decidimos doar 10 milhões para ajudar a população civil palestina", anunciou.
Segundo ele, "os rebeldes continuam a lançar mísseis através da fronteira de Israel e também a atacar navios que viajam em águas abertas e isto é inaceitável".
Há uma estratégia de tensão que deve ser combatida. Também combatemos estas iniciativas rebeldes que atacam navios mercantes que não têm nada a ver com a situação entre Israel e o Hamas", concluiu.
Por sua vez, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, reforçou que, "assim que as condições permitirem, um hospital de campanha italiano será implantado em Gaza".
"Há dias que estamos em negociações com Israel, Egito e Emirados Árabes Unidos para encontrar a solução mais adequada. Desde então ontem uma equipe militar fez um reconhecimento no sul da Faixa. Chamamos esta operação de 'Levante' e quando tivermos mais clareza definiremos o processo de autorização da atividade com o envolvimento do Parlamento", concluiu.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA