(ANSA) - O Exército de Israel anunciou nesta terça-feira (5) que suas tropas expandiram as operações terrestres contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas para "todas as partes" da Faixa de Gaza.
Os militares avançaram no território depois que o acordo de cessar-fogo chegou ao fim na última sexta-feira, após uma semana de duração.
"Estamos no centro de Jabalya, em Shuyaia, e agora também em Khan Yunis", revelou o chefe do Comando da frente do sul israelense, general Yaron Finkelman.
Segundo ele, estes são os "dias mais intensos desde o início da operação terrestre em termos de terroristas mortos, tiroteios e uso de poder de fogo terrestre e aéreo".
"Pretendemos continuar a atacar e alcançar os nossos resultados", acrescentou Finkelman.
Hoje, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) anunciou que mais 19 de seus trabalhadores foram mortos em ataques na guerra entre o Hamas e Israel, enfatizando que desde o início das hostilidades, em 7 de outubro, 7.130 "colegas" perderam a vida.
Os dados atualizados no último dia 3 de dezembro também revelam que as pessoas deslocadas internamente eram quase 1,9 milhões - o equivalente a mais de 85% da população local - e quase 1,2 milhão delas estavam em 156 instalações de agências espalhadas pelas cinco províncias da Faixa, incluindo a norte e cidade de Gaza.
Enquanto isso, as sirenes de alerta contra foguetes de Gaza soaram recentemente em Tel Aviv e no centro de Israel, fazendo com que diversas pessoas entrassem em abrigos, segundo apuração da ANSA.
De acordo com a imprensa local, cerca de 15 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza e alguns foram interceptados. Estilhaços caíram na zona portuária de Tel Aviv e outros perto de uma escola. Já em Holon, um carro foi atingido por fragmentos do míssil interceptado.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniu com famílias dos reféns durante encontro, descrito como muito tenso, e disse que "não é possível" recuperar "todos os reféns" que estão nas mãos do grupo fundamentalista islâmico Hamas em Gaza.
"Atualmente, não é possível trazer todos de volta. Alguém pode realmente pensar que se esta fosse uma opção alguém a recusaria?", declarou o premiê.
Segundo os familiares, porém, Netanyahu não "respondeu às perguntas" e limitou-se a ler um texto pronto. A imprensa local revelou que a irmã de um refém disse a ele que a sua libertação deveria ter prioridade.
Já em Bruxelas, na Bélgica, o ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, alertou sobre o risco de terrorismo ligado à guerra entre Israel e Hama na Europa, afirmando que “o sistema de prevenção para interceptar possíveis ameaças e a troca de informações entre as forças policiais a nível europeu continuam a ser fundamentais”. (ANSA)
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