(ANSA) - O governo do Egito confirmou que o acordo entre Israel e Hamas para uma trégua de quatro dias e a libertação de reféns e prisioneiros entrará em vigor nesta sexta-feira (24).
Inicialmente, esperava-se que a paralização do conflito começasse já nesta quinta (23), mas questões administrativas adiaram a suspensão dos combates em um dia.
"A trégua, com todas as suas condições, entrará em vigor amanhã, sexta-feira", afirmou o porta-voz do governo egípcio, Diaa Rashwan, acrescentando que o país está em contato com todas as partes para a implantação dos termos do acordo.
Mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, o pacto prevê inicialmente a libertação de 50 reféns capturados pelo Hamas nos atentados de 7 de outubro - sendo ao menos 10 por cada dia de cessar-fogo - e de 150 palestinos mantidos como prisioneiros em Israel.
Uma fonte oficial especificou à TV estatal egípcia Al-Qahera que 13 reféns israelenses serão libertados nesta sexta e 39 prisioneiros palestinos.
Em um segundo momento, Israel poderá soltar mais 150 palestinos, em troca da libertação de outros 50 reféns pelo grupo islâmico. Para cada soltura de 10 pessoas sequestradas pelo Hamas, haveria um dia a mais de pausa nos combates. O acordo engloba mulheres e menores de idade.
Também está prevista a entrada de pelo menos 300 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza, incluindo combustível para alimentar os geradores de hospitais.
Israel diz que não se trata de um cessar-fogo, mas apenas de uma suspensão na guerra, que será retomada "até a completa destruição do Hamas".
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, o acordo é "um primeiro passo positivo" no Oriente Médio. "Devemos trabalhar sobre o futuro de Gaza e da Palestina durante essa fase de suspensão dos combates. O direito de Israel a se defender é sacrossanto, bem como o direito dos palestinos de ter um Estado para viver em paz com Israel", acrescentou.
O conflito foi deflagrado após os atentados sem precedentes cometidos pelo grupo islâmico em 7 de outubro, que deixaram 1,2 mil mortos, em sua maioria civis.
Desde então, a resposta israelense já matou 14,5 mil palestinos, sobretudo crianças e mulheres, de acordo com as autoridades de Gaza.
Defesa de Israel
Nos próximos dias, "haverá uma breve trégua", depois a guerra será retomada e são previstos "mais dois meses de guerra".
A previsão é do ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, ao falar com os soldados.
"Será uma breve pausa, ao final da qual os combates recomeçarão com intensidade, e criaremos pressão para trazer de volta outros reféns. São previstos mais dois meses de guerra”, disse.
(ANSA)
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