(ANSA) - Israel e o Hamas estão perto de um acordo para a libertação de reféns sequestrados pelo grupo fundamentalista islâmico nos atentados terroristas de 7 de outubro.
A informação foi divulgada neste domingo (19) pelo vice-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jon Finer, em entrevista à emissora americana CBS.
"Estamos próximos de um acordo com o Hamas sobre os reféns. Ainda não fechamos, mas as diferenças diminuíram", garantiu Finer.
Mais cedo, o jornal The Washington Post havia dito que o grupo palestino libertaria dezenas de mulheres e crianças em troca de cinco dias de trégua nos combates.
Segundo a reportagem, o crescente número de vítimas civis na Faixa de Gaza e o temor sobre o destino dos reféns aumentaram a pressão sobre o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que é criticado por parentes de pessoas sequestradas pelo Hamas.
O governo do Catar, que faz a mediação entre as partes em conflito, disse que restam apenas obstáculos "menores" para a conclusão do acordo. "São desafios mais logísticos, de natureza prática", destacou o premiê do país árabe, Mohammed bin Abdulrahman al Thani.
Estima-se que mais de 200 israelenses ainda estejam sob poder do Hamas, incluindo dezenas de pessoas com dupla nacionalidade.
Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou esperar que tudo caminhe "na direção certa".
"A libertação dos reféns é uma prioridade para reduzir a tensão na região. Reféns livres e corredores humanitários significam ter uma trégua de alguns dias para permitir que a população civil seja ajudada", salientou.
Vítimas
Chegou a 13 mil o número de mortos em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, segundo balanço divulgado neste domingo (19) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo grupo fundamentalista Hamas.
O boletim aponta que mais de 5,5 mil crianças e 3,5 mil mulheres estão entre as vítimas, o que significa quase 70% do total. O governo de Gaza também contabiliza mais de 30 mil indivíduos feridos. (ANSA)
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