(ANSA) - A capital fluminense entrou em estágio de mobilização nesta segunda-feira (23), que indica risco de ocorrência de alto impacto, após dezenas de ônibus serem queimados na Zona Oeste da cidade.
Os ataques ocorreram a mando de milicianos que atuam na região, atingindo ao menos 35 coletivos. Outros veículos, pneus e objetos também foram incendiados, fechando vias na região.
Alguns dos veículos de transporte público chegaram a ser incendiados com passageiros dentro.
A ação seria em retaliação à morte de Matheus Rezende, de 24 anos, sobrinho do miliciano Zinho, em uma troca de tiros com a polícia. Ele era o segundo homem na hierarquia da milícia, investigado por ao menos 20 mortes.
Na mesma troca de tiros, uma criança de 10 anos foi atingida de raspão.
Com os ataques, a circulação do BRT TransOeste foi interrompida, afetando a volta para casa e intensificando os congestionamentos, que chegaram ao dobro da média do horário.
Uma das principais vias de circulação do Rio, a avenida Brasil, que liga o centro da cidade às zonas Norte e Oeste, chegou a ser fechada.
A prefeitura já anunciou a suspensão das aulas da rede municipal.
"O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado", afirmou o governador de Rio, Cláudio Castro (MDB).
Segundo as autoridades, esta segunda-feira (23) já é o dia com mais coletivos incendiados na história da cidade.
"Quero parabenizar os nossos policiais. Não vamos parar, nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários", afirmou Castro.
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