(ANSA) - O Ministério Público de Veneza colocou três pessoas sob investigação pelo suposto envolvimento no acidente de ônibus ocorrido em Mestre, no último dia 3 de outubro, o qual deixou 21 mortos e 15 feridos.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (12) pelo jornal local "Il Gazzettino".
Trata-se do CEO da "La Linea", empresa que operava o veículo, e dois funcionários da Câmara Municipal de Veneza, o gerente do departamento de Trânsito e Mobilidade da área continental da cidade e o líder do departamento de Manutenção Rodoviária.
Segundo a publicação, eles supostamente enfrentam acusações de homicídio em acidente de viação, homicídio culposo múltiplo, causando ferimentos graves ou muito graves e danos pessoais culposos.
Na semana passada, 21 pessoas - nove ucranianos, quatro romenos, três alemães, dois portugueses, um croata, um sul-africano e o motorista italiano - morreram depois que o ônibus turístico, no qual viajavam do centro de Veneza para um parque de campismo, caiu de um viaduto em cima de uma linha férrea entre os distritos de Mestre e Marghera e pegou fogo.
Até o momento, as razões do acidente não são claras. Uma das hipóteses consideradas pelas autoridades italianas é que o motorista tenha passado mal e não conseguiu controlar o ônibus.
No entanto, também surgiram dúvidas sobre o estado do viaduto e principalmente do guarda-corpo, que poderia ser velho demais para não suportar o peso do veículo.
Os três suspeitos foram convocados para iniciar "investigações técnicas úteis" para reconstituir o acidente, "principalmente exame da estrada e das barreiras presentes" no local do acidente.
A polícia de Veneza já transferiu para o Ministério Público os resultados da sua investigação, incluindo a documentação obtida na sede da Câmara Municipal de Veneza e na sede da empresa, ambas relacionadas com o ônibus e com a situação do viaduto, necessária para as provas técnicas.
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