(ANSA) - A ilha italiana de Lampedusa bateu nesta terça-feira (12) um novo recorde de chegadas de migrantes forçados, com 2.472 pessoas desde a meia-noite.
Até agora, o número máximo registrado no mesmo dia era de 2.172, marca alcançada no fim de agosto.
A cifra desta terça-feira ainda é parcial e diz respeito a apenas 59 dos 68 barcos clandestinos que conseguiram concluir a travessia, quase todos provenientes da Tunísia, que fica a menos de 100 quilômetros em linha reta da ilha italiana.
Já os passageiros dessas embarcações são provenientes sobretudo de países da África Subsaariana, como Nigéria, Serra Leoa, Guiné e Camarões, mas também do norte do continente, como Sudão, Chade e a própria Tunísia.
Em determinado momento, os barcos chegaram a formar fila diante do cais de Lampedusa para conseguir atracar.
"Há semanas que eu digo que esses números não são mais sustentáveis para a nossa ilha", disse o prefeito Filippo Mannino, que cobrou medidas urgentes do governo da premiê Giorgia Meloni, eleita com a promessa de reduzir os fluxos migratórios no Mediterrâneo. "Nunca tinha visto uma coisa assim", acrescentou.
Uma balsa com cerca de 600 deslocados internacionais já zarpou de Lampedusa com destino a Porto Empedocle, na Sicília, porém o centro de acolhimento da ilha, com capacidade para aproximadamente 350 pessoas, ainda abriga mais de 2 mil.
Segundo o Ministério do Interior, a Itália recebeu 116 mil migrantes forçados via Mediterrâneo entre 1º de janeiro e 11 de setembro de 2023 (ou seja, sem incluir os dados desta terça), quase o dobro da cifra registrada no mesmo período do ano passado. (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA