(ANSA) - O Serviço de Segurança Civil (SBU) da Ucrânia reivindicou, pela primeira vez, a responsabilidade pelos ataques à ponte da Crimeia em outubro de 2022 e em julho de 2023.
O governo de Volodymyr Zelensky enviou à CNN um vídeo do último atentado em que se vê um drone, com 850kg de explosivos, se aproximando do local atingido, além de um segundo drone indo em direção à porção ferroviária da ponte.
O chefe do SBU, Vasyl Maliuk, declarou que o ataque de julho foi realizado com drones marítimos experimentais, os "Sea Baby", e que haverá outros.
O último ataque à ponte, que liga a península anexada pela Rússia ao continente, danificou as pistas e matou dois civis.
Segundo Maliuk, os "Sea Baby" são fruto de meses de desenvolvimento, desde a invasão do país em fevereiro de 2022.
"Os drones de superfície são uma invenção única do Serviço de Segurança da Ucrânia. Nenhuma empresa privada tem envolvimento.
Com eles atingimos com sucesso recentemente a ponte da Crimeia, o grande navio Olengorskiy Gornyak e o petroleiro SIG", declarou.
A embarcação SIG foi atingida no Mar Negro e, segundo autoridades ucranianas, transportava combustíveis para o Exército russo.
Já o ataque ao navio, segundo a CNN, demonstrou um raio de ação mais amplo do Exército ucraniano, atingindo a embarcação com 100 pessoas a bordo, no porto naval russo de Novorossisk, na costa oriental do Mar Negro.
Até o momento o governo de Kiev vinha sendo discreto em relação aos ataques, confirmando seu envolvimento através de declarações anônimas com referências vagas.
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