Ao menos quatro soldados italianos ficaram feridos em um ataque à base de Shama, da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), no sul do país, nesta sexta-feira (22).
O local foi atingido por dois foguetes lançados, ao que tudo indica, pelo grupo xiita Hezbollah, já que os vestígios encontrados na base revelam o material de um míssil de 122 milímetros, armamento que não é utilizado pelo Exército de Israel.
Pelo menos um dos foguetes atingiu o exterior do bunker, cuja estrutura não cedeu. No entanto, alguns dos soldados que estavam ali foram atingidos por cacos de vidro e pedras, ficando levemente feridos.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse estar "muito indignada e preocupada" e alertou que é preciso que tanto Israel quanto o Hezbollah "garantam em todos os momentos a segurança dos soldados da Unifil e colaborem para identificar rapidamente os responsáveis".
Declaração semelhante foi dada pelo vice-premiê e ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani. "Mais uma vez é inaceitável o que está acontecendo, e assim como dissemos a Israel para ter máxima atenção, também dizemos com a mesma convicção ao Hezbollah que os militares italianos não podem ser tocados", afirmou.
Já o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, conversou com seu homólogo libanês, Maurice Sleem, e declarou que o contingente da Unifil "não pode se tornar refém de ataques de milícias".
Bases da força da ONU no país árabe têm sido alvos de recorrentes ataques nos últimos meses, tanto por parte de Israel quanto do Hezbollah.
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