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Maior tragédia do Mediterrâneo, diz UE sobre naufrágio na Grécia

Maior tragédia do Mediterrâneo, diz UE sobre naufrágio na Grécia

Barco superlotado estava previsto para chegar na Itália

BRUXELAS, 16 junho 2023, 17:38

Redação ANSA

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Pelo menos 78 pessoas morreram na tragédia © ANSA/EPA

(ANSA) - A comissária da União Europeia para Assuntos Internos, Ylva Johansson, afirmou nesta sexta-feira (16) que o naufrágio do barco superlotado na costa do Peloponeso, na Grécia, foi a "maior tragédia" do Mediterrâneo.

Segundo informações da Guarda Costeira da Itália, a embarcação tinha por volta de 750 migrantes a bordo e naufragou na última quarta-feira (14).

O pesqueiro superlotado havia partido de Tobruk, no litoral leste da Líbia, com destino à Itália, principal porta de entrada para migrantes forçados na União Europeia.

"Ainda não temos todas as informações sobre o que aconteceu, mas parece ser a maior tragédia do Mediterrâneo. Os traficantes que colocam estas pessoas nestes barcos não as estão enviando para a Europa, mas para a morte. É absolutamente necessário prevenir isso", afirmou Johansson.

A agência grega Ana-MPA informou que as operações de buscas para encontrar pessoas desaparecidas continuou hoje, mas ninguém foi achado. Com isso, o número de mortos confirmados permanece em 78.

"Fizemos contato com as autoridades gregas, mas sejamos honestos, este não é um problema grego, é um problema europeu. Penso que chegou o momento de a Europa definir uma política migratória eficaz para que tal episódio não volte a acontecer", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

O médico Manolis Makaris, responsável pelo acolhimento dos sobreviventes do naufrágio, afirmou ser "possível que haja até 600 mortos" na tragédia.

A Frontex, agência da UE para controle de fronteiras, informou que mais de 50,3 mil migrantes desembarcaram na Europa através da perigosa rota do Mediterrâneo central, um aumento de 158% em comparação ao período homólogo passado.
   

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