(ANSA) - O navio Louise Michel, da ONG homônima que é financiada pelo artista de rua Banksy, foi retido no porto de Lampedusa, na Itália, neste domingo (26) sob acusação de violar o novo decreto contra a atuação desses organizações feito pelo governo de Giorgia Meloni.
Os ativistas informaram que não receberam nenhuma informação oficial sobre os motivos de não poderem partir. "Eles nos impediram de deixar o porto e prestar socorro no mar", destacaram.
Após a reclamação pública, fontes informaram que a violação foi causada porque, durante os resgates realizados no sábado (25), a ONG não pediu para a Capitania para qual porto deveria levar as pessoas, fazendo o salvamento e retornando ao Mar Mediterrâneo para mais resgates. Eles deveriam ter ido para o porto de Trapani, mas fizeram a transferência das pessoas para os navios da Guarda Costeira e também desembarcaram em Lampedusa.
A Louise Michel atuou em cinco resgates no sábado: às 2h10 (hora local), foram resgatados dois grupos de migrantes, com 38 pessoas cada, que foram transladados para a embarcação CP273 da Guarda Costeira. A ONG ainda desembarcou no cais comercial pessoas de três resgates: 78 que estavam em um barco de borracha, 39 resgatadas de outra embarcação e o último grupo tinha 24 pessoas.
A Itália enfrenta, especialmente neste fim de semana de tempo ameno, um aumento exponencial na chegada de migrantes pelo Mar Mediterrâneo. Conforme dados oficiais, na sexta (24) e no sábado, foram registrados 3.165 pessoas no hub de Lampedusa.
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