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Italiana recupera parte da visão com córnea 'artificial'

Italiana recupera parte da visão com córnea 'artificial'

Idosa tinha deficiência visual desde 5 anos de idade

BOLONHA, 27 fevereiro 2023, 10:48

Redação ANSA

ANSACheck

Foi a primeira vez que a Itália realizou uma operação do tipo - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - Uma italiana de 76 anos, que sofre de uma grave doença nos olhos, conseguiu recuperar seis décimos da visão de um deles após fazer um implante de uma córnea "artificial". A idosa tem uma deficiência visual desde os cinco anos de idade e foi a primeira vez que um hospital da Itália fez o procedimento.

A cirurgia durou meia hora, ocorreu em agosto e foi comandada pelo médico Luigi Fontana, diretor de Oftamologia do Instituto de Recuperação e Cuidados com Caráter Científico (IRCCS) do Policlínico Sant'Orsola, em Bolonha, na região da Emilia-Romagna.

A operação, segundo explicou o médico, é feita com uma prótese endotelial em material polimérico, similar ao plástico.

Não é um transplante de córnea vinda de um doador, mas a utilização de uma espécie de pequena lente de contato que adere à parede interna da córnea.

A mulher, que não teve a identidade revelada, já havia passado por duas cirurgias tradicionais, mas ambas fracassaram em recuperar parcialmente a sua visão.

"O endotélio corneano é uma membrana que desenvolve um trabalho fundamental para a manutenção da transparência da córnea e também para ver corretamente. Por isso, nos pacientes afetados pelo déficit do seu funcionamento, o transplante vindo de um doador era a única intervenção capaz de restabelecer a função da visão. Com uma operação que usa uma prótese em material polimérico, o valor adicional está no menor percentual de rejeição e minimamente invasivo", ressalta Fontana.

Para o assessor de Saúde da Emilia-Romagna, Raffaele Donini, os resultados da cirurgia são de "extraordinária importância não apenas para a nossa Saúde regional, mas para toda a comunidade científica".

Conforme dados do governo, o transplante de córnea é o mais realizado na Itália, com uma média de cinco mil operações ao ano.

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