A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou neste domingo (19) que nos dias 8 e 9 de junho serão realizadas "eleições decisivas" e destacou que "a mudança na Europa é possível se os conservadores europeus estiverem unidos".
A declaração foi dada durante videoconferência para impulsionar o partido espanhol Vox em Madri, juntamente com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e a francesa Marine Le Pe, antes das eleições, nas quais espera-se uma ascensão da extrema direita que, segundo eles acreditam, permitirá "reorientar a UE".
"Somos o motor do renascimento do nosso continente. Pela primeira vez, o resultado das eleições europeias poderá marcar o fim de maiorias antinaturais e contraproducentes", afirmou ela.
A premiê italiana destacou ainda que iniciaram "o nosso caminho comum no Parlamento Europeu em 2019. E desde então, nossos caminhos políticos sempre foram muito parecidos".
"Desde o primeiro momento tentaram nos desprezar. Eles tentaram nos isolar. Tentaram nos dividir e acabaram por nos fortalecer.
Disseram que não estaríamos à altura da tarefa. Que queríamos destruir a Europa. Disseram que nunca seríamos suficientemente credíveis para contar, para sermos decisivos. E enquanto desfrutavam das suas certezas tranquilizadoras, nós trabalhamos e ganhamos terreno, credibilidade, espaço e aqui estamos, continuando juntos", acrescentou ela.
Meloni lembrou que o Irmãos da Itália (FdI) é o primeiro partido italiano e tem a honra de servir sua nação como chefe de governo. E embora alguns ainda não tenham se resignado e outros se perguntem como isso poderia ter acontecido, ela é a primeira presidente do Conselho de direita na história da República Italiana, e é uma mulher.
"Enquanto isso, o Vox tornou-se o terceiro partido da Espanha.
Um partido sólido enraizado no território nacional e decisivo para mudar Madrid e Bruxelas", disse.
Já Le Pen revelou que "há pontos em comum" com Meloni e isso "não se trata de pessoas, mas de liberdade".
Meloni e o vice-premiê da Itália e ministro de Infraestrutura, Matteo Salvini, seus aliados no grupo ID (Identidade e Democracia) no Parlamento Europeu, têm "a liberdade no coração".
"Não há dúvida de que existem convergências para a liberdade dos povos que vivem na Europa. Quando estivermos no Parlamento Europeu, será altura de começar a reorientar a UE", garantiu a política francesa.
Por fim, o líder húngaro apresentou a campanha pelas mulheres europeias como "uma grande batalha comum" contra uma Bruxelas que está "desencadeando uma migração ilegal massiva" e "envenenando os nossos filhos com propaganda de gênero".
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