(ANSA) - Após a derrota nas eleições regionais na Sardenha, em 25 de fevereiro, a coalizão de direita da premiê da Itália, Giorgia Meloni, enfrentará outro teste nas urnas no domingo (10), no pleito para eleger o próximo governador de Abruzzo, no centro do país.
Com cerca de 1,3 milhão de habitantes, a região é liderada desde 2019 por Marco Marsilio, primeiro governador eleito pelo partido de Meloni, o Irmãos da Itália (FdI), com o apoio da Liga, de Matteo Salvini, e do Força Itália (FI), de Antonio Tajani, ambos vice-premiês.
Em busca da reeleição, Marsilio terá um único adversário, o ex-reitor da Universidade de Teramo Luciano D'Amico, apoiado por uma coligação entre o centro-esquerdista Partido Democrático (PD), o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e o centrista Ação.
A união entre PD e M5S já levou a progressista Alessandra Todde à vitória na Sardenha contra Paolo Truzzu (FdI), candidato bancado pessoalmente por Meloni, mas é a primeira vez que o Ação se junta aos dois partidos em uma eleição para governador.
Para a oposição, trata-se de uma oportunidade de tentar fragilizar a coalizão da premiê, que tem maioria confortável no Parlamento e comanda 14 das 20 regiões da Itália.
"Seria um duro golpe para Giorgia Meloni, já que Abruzzo se tornou um pouco um feudo do FdI", disse à imprensa local nesta quinta-feira (7) o líder do M5S, Giuseppe Conte, premiê entre 2018 e 2021.
Marsilio é acusado pela oposição de ser um "governador pendular", já que é natural de Roma e viaja frequentemente à capital para ver a família. "Meu problema é amar minha esposa e minha filha que vivem em Roma e ir encontrá-las duas vezes por semana após o trabalho", ironizou o conservador.
As últimas pesquisas, divulgadas há mais de 10 dias, apontavam um empate técnico entre os candidatos, mas com vantagem numérica para Marsilio. No entanto, a oposição espera que a apertada vitória sobre o candidato de Meloni na Sardenha ajude a virar o jogo também em Abruzzo. (ANSA)
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