(ANSA) - O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que pode governar mesmo sem o apoio do Poder Legislativo.
A declaração foi dada em uma entrevista ao Financial Times publicada nesta quinta-feira (29).
O tradicional discurso do presidente na abertura dos trabalhos parlamentares está previsto para esta sexta (1º).
A fala é um sinal contrário a uma possível reconciliação com o Parlamento, que em janeiro rejeitou seu pacote de leis sobre privatizações e desregulamentações.
O líder ultraliberal ressaltou que um terço das reformas de seu programa está incluído em um megadecreto de emergência "que já está em vigor e permanecerá assim, a menos que ambas as Casas decidam rejeitá-lo".
"Há outras reformas que podemos fazer por decreto, e é isso que faremos", acrescentou.
Segundo Milei, o fracasso da lei “Ómnibus” e as resistências dos governadores em acompanhar os cortes de gastos "demonstram que os políticos não têm problemas em prejudicar os interesses dos argentinos para manterem seus privilégios" e justificam sua decisão de "contornar" o Parlamento.
O cenário deve permanecer dessa forma ao menos até as próximas eleições de meio de mandato, onde, se o programa econômico der resultados, o líder do La Libertad Avanza espera fortalecer seu pequeno grupo de deputados e senadores.
"Estamos prontos para reapresentar todas as reformas após 11 de dezembro de 2025. Enviamos mil, mas ainda temos mais 3 mil para apresentar", disse Milei.
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