(ANSA) - As tensões entre Venezuela e Guiana se reacenderam nesta quinta-feira (8) após o presidente da petrolífera norte-americana ExxonMobil, Alistair Routledge, defender uma iniciativa das autoridades guianenses para fortalecer as relações bilaterais com países como os Estados Unidos.
Em declaração à imprensa, o executivo afirmou que a decisão da Guiana de melhorar as relações com países como os EUA em defesa e segurança são um bom presságio não apenas para o país, mas também para todo o hemisfério ocidental.
"Penso que a colaboração que estamos vendo com outros países na frente militar, diplomática e econômica é uma coisa saudável, e é boa para o hemisfério ocidental este tipo de cooperação que, esperamos, continuará", afirmou.
Routledge, inclusive, explicou que a ExxonMobil planeja "perfurar 2 poços exploratórios ao oeste de Liza e Payara. O Pez Trompeta e a Polilla Roja estão planejados mais para o centro do Bloco Stabroek ao longo deste ano".
A região é rica em petróleo e está no centro de uma disputa territorial entre a Guiana e a Venezuela. Essequibo pertence atualmente aos guianenses, mas o governo de Nicolás Maduro reivindica a posse da região.
Por sua vez, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, rejeitou as declarações dada pelo líder da ExxonMobil, destacando que a empresa "pretende proteger as suas operações ilícitas, num mar que aguarda delimitação".
"A Venezuela rejeita as declarações ameaçadoras da Routledge", acrescentou Rodríguez, observando que "esta transnacional energética não só assume a soberania da Guiana, mas governa as altas autoridades desse país, encoraja o caminho ilegítimo do Tribunal Internacional da Justiça para prejudicar o acordo de Genebra, mas também procura proteger as suas operações ilícitas".
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