(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará mensagens "contundentes" aos líderes Nicolás Maduro, da Venezuela, e ao guianês Irfaan Ali, manifestando preocupação com a possibilidade de uma guerra pelo controle do território do Essequibo.
O assessor especial, Celso Amorim, deve ser o mensageiro de Lula durante o encontro entre Maduro e Ali na próxima quinta-feira (14) no arquipélago caribenho de São Vicente e Granadinas.
O ex-chanceler Amorim deve deixar claro à Venezuela que o Brasil não a defenderá em caso de medidas unilaterais que levem a uma escalada da tensão, conforme informou uma fonte consultada pelo portal Metrópoles.
O assessor também transmitirá à Guiana a mensagem de que o governo de Brasília não acredita na possibilidade de um conflito armado nessa região do norte da América do Sul, próxima à fronteira com Roraima.
Lula conversou com Nicolás Maduro, considerado aliado do governo brasileiro, no sábado (9), e também se comunicou com o líder guianês Irfaan Ali. Durante a cúpula dos presidentes do Mercosul no Rio de Janeiro na quinta-feira (7), o ex-presidente expressou sua "preocupação" com a escalada da crise e o risco de um conflito armado.
No evento, Lula propôs a mediação da Celac (Conselho de Estados Latino-Americanos e do Caribe) e do Brasil para resolver a disputa entre os governos de Caracas e Georgetown.
Ralph González, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas e atual secretário-geral da Celac, participou da reunião do Mercosul.
A tensão aumentou a partir de 3 de dezembro, quando 95% dos venezuelanos que foram às urnas apoiaram a anexação de Essequibo em um referendo convocado por Maduro.
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