(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta segunda-feira (11) que "o antissemitismo é um câncer que precisa ser derrotado".
As declarações foram dadas durante a apresentação do livro PhotoAnsa 2023, no Museu Maxxi, em Roma.
"O antissemitismo é um fenômeno que deve nos preocupar, contra o qual devemos trabalhar em todos os níveis. Após os ataques do Hamas, nos preocupamos em fortalecer as medidas de proteção às comunidades judaicas. A questão é cultural e deve envolver todos, exigindo o máximo de concentração de todos nós", avaliou.
"Acredito que o antissemitismo seja um problema real, que está crescendo em toda a Europa e no Ocidente, muitas vezes disfarçado como crítica a Israel. As muitas manifestações convocadas em apoio à Palestina e que acabaram se tornando manifestações que glorificavam o Hamas são uma indicação preocupante ", acrescentou.
Sobre o conflito no Oriente Médio, Meloni disse: "Penso que não podemos abordá-lo sem começar pelo horror do Hamas, pela ferocidade desumana que não poupou mulheres e crianças, contando a desumanização do outro. Acho que deve ser condenado sem ambiguidade, porque se nos acostumarmos ao horror, teremos um problema sério".
"E há também o diálogo constante com Israel. Devemos abordar a crise com responsabilidade para evitar que se torne o conflito que, na minha opinião, o Hamas desejava causar", disse ainda.
"O governo italiano já enviou dois aviões com ajuda humanitária, ativamos um hospital no navio Vulcano, que atualmente está no porto de Al Arish, e médicos do Catar também estão operando neste navio. Levei médicos para a COP28 em Dubai, pediatras para trabalhar nos hospitais emiradenses, onde predominantemente crianças e mulheres palestinas são tratadas. É muito importante continuar esse trabalho e fazê-lo em conjunto com outras nações para trabalhar juntos na desescalada", lembrou Meloni.
No mesmo evento, a primeira-ministra falou sobre o andamento das negociações para a reforma do Pacto de Estabilidade da União Europeia: "O tema para nós é o dos investimentos. Estamos seguindo uma abordagem pragmática e acredito que não podemos concordar com um pacto de estabilidade que nenhum Estado poderia cumprir, pois não seria sério de nossa parte".
"Vejo aberturas para uma solução séria que leve em consideração o contexto. acredito que a posição italiana é clara, compreendida e respeitada. Não sei até onde chegaremos na tentativa de encontrar uma síntese entre posições inicialmente distantes", concluiu a premiê.
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