(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse nesta sexta-feira (24) que a violência contra as mulheres é "incompatível com o nosso presente" e deve ser interrompida.
A declaração foi dada durante a assinatura de um acordo de desenvolvimento com a região do Vêneto, no norte do país. A cerimônia foi aberta com uma salva de palmas em homenagem à italiana Giulia Cecchttin, jovem de 22 anos que teria sido vítima de feminicídio.
"Endosso o ato de memória de Giulia e a nossa responsabilidade coletiva em relação aos fenômenos intoleráveis que devem ser combatidos a 360 graus", afirmou Meloni.
Em seu discurso, a premiê italiana disse estar orgulhosa da "lei que foi votada por todas as forças políticas [no Parlamento]" contra a violência de gênero e perseguição aprovada definitivamente pelo Senado na última quarta-feira.
"Há áreas onde a partilha pode fazer a diferença. Temos outras iniciativas prontas. Não vamos parar até que a violência contra as mulheres acabe, é algo incompatível com o nosso presente", concluiu Meloni.
Na quarta-feira, o Senado aprovou por unanimidade, com 157 votos a favor, um projeto de lei do governo sobre a violência contra as mulheres. A legislação, elaborada pela ministra da Família e da Igualdade de Oportunidades, Eugenia Roccella, aumenta a proteção das mulheres em perigo e das sobreviventes da violência baseada no gênero.
O pacote, que foi assinado pelo governo em junho e aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro, inclui novas ordens de restrição e vigilância reforçada sobre homens culpados de violência doméstica e também reforça a linha direta de emergência sobre violência de gênero.
As medidas visam interromper o "ciclo de violência" e "agir com rapidez e eficácia", segundo Roccella.
O governo e a oposição concordaram em duas moções para acelerar a aprovação do projeto de lei no Senado em meio aos protestos provocados pelo feminicídio de Cecchettin, vítima do ex-namorado Filippo Turetta.
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