(ANSA) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (22), em videoconferência na cúpula do G20, que é necessário pensar em como "acabar" com a "tragédia" da guerra na Ucrânia.
Segundo a agência Ria Novosti, o presidente russo enfatizou que Moscou nunca se recusou a participar das negociações de paz com o governo de Volodymyr Zelensky, desde o início do conflito em 24 de fevereiro de 2022.
"É claro, devemos pensar em como acabar com essa tragédia", afirmou Putin. "A propósito, a Rússia nunca recusou conversações de paz com a Ucrânia".
O líder do Kremlin enfatizou ainda que "não foi a Rússia, mas a Ucrânia que publicamente anunciou que estava se retirando do processo de negociação".
Desta forma, Putin recordou que o seu homólogo ucraniano assinou um decreto-lei para "proibir tais negociações com a Rússia".
Na reunião virtual do G20 convocada pelo premiê da Índia, Narendra Modi, o atual presidente, Putin disse ainda que alguns líderes já haviam afirmado que estavam chocados com a contínua "agressão" das tropas russas contra o território ucraniano.
"As ações militares são sempre uma tragédia", concluiu ele, garantindo que, "se a guerra na Ucrânia é um choque", também o é "o extermínio da população civil na Palestina".
Gaza
Hoje, durante reunião com membros do governo, Putin disse que a situação na Faixa de Gaza já ultrapassou o limite da criticidade e ressaltou a necessidade de "ajudar as pessoas que sofrem devido aos acontecimentos atuais". "Este é o nosso dever sagrado", acrescentou.
O líder russo acrescentou que mais de 900 pessoas, incluindo 639 cidadãos russos e seus familiares, pediram ajuda a Moscou para deixar a Faixa. Do total, 570 pessoas já foram evacuadas, informou o ministro de Emergências, Alexander Kurenkov.
Além disso, Kurenkov revelou que a Rússia enviou mais de 245 toneladas de ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza e que são esperadas novas entregas.
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