(ANSA) - O recém-eleito presidente argentino, Javier Milei, "deveria se desculpar com o presidente brasileiro Lula".
A declaração foi feita pelo ministro das Comunicações, Paulo Pimenta (PT), em resposta a uma pergunta sobre as futuras relações entre os dois países após a votação argentina deste domingo (20).
"Se eu fosse Lula, antes de ligar para ele, esperaria suas desculpas", disse o ministro à imprensa, referindo-se a uma entrevista concedida pelo ultraliberal argentino na semana passada, na qual ele chamou o chefe de estado brasileiro de "corrupto e comunista".
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por outro lado, informou por meio de suas redes sociais que parabenizou Milei e recebeu o convite para a posse do novo líder argentino, marcada para 10 de dezembro.
O Brasil buscará manter "boas relações" com a Argentina, segundo afirmou o embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, comentando a vitória do ultraliberal Javier Milei.
"Há absoluta disposição para dialogar com o governo de Javier Milei e aprofundar as relações", disse o diplomata, segundo o qual "quando as coisas vão bem para a Argentina, isso é bom para o Brasil, e quando as coisas vão bem para o Brasil, isso é bom para a Argentina".
Ao mesmo tempo, fontes do Ministério da Fazenda destacaram que a eleição do anarcocapitalista deve trazer mais "incerteza ao cenário regional" e influenciar o andamento do acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
Em dezembro, termina a presidência temporária do bloco latino-americano pelo Brasil.
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