(ANSA) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria ordenado a venda de relógios de luxo e joias que ele recebeu como presentes de Estado, segundo revelou seu ex-auxiliar de ordens, Mauro Cid, em delação premiada à Polícia Federal (PF).
O tenente-coronel Cid acusou seu então chefe de ter determinado no ano passado a venda de um Rolex recebido pela Arábia Saudita em 2019 para pagar "gastos extras", como os serviços dos advogados em uma causa na qual foi indiciado por incitação ao estupro.
Parte da confissão de Cid, que está sob sigilo, foi revelada nesta sexta-feira (10) pela GloboNews.
Por fim, o então presidente deu a seu ex-braço direito Cid a "missão" de vender nos Estados Unidos diversas joias que são patrimônio do erário público e não do presidente de turno.
Dessa operação de busca de interessados para as joias também teria participado o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel.
O general Lorena Cid é um velho amigo de Bolsonaro, que o nomeou como representante da Agência Brasileira de Exportações no estado da Flórida, Estados Unidos.
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