(ANSA) - O ex-presidente americano Donald Trump foi indiciado pela quarta vez nesta segunda-feira (14) por tentativa de interferência no resultado das eleições presidenciais de 2020, quando perdeu para o atual presidente, Joe Biden.
A decisão foi tomada pelo júri popular de um tribunal em Atlanta, na Geórgia.
"Trump e os demais acusados se recusaram a aceitar que ele perdeu, e conscientemente e voluntariamente entraram em uma conspiração para mudar ilegalmente o resultado da eleição em favor dele", disse o texto da acusação.
Entre os outros réus está o ex-advogado de Trump Rudy Giuliani e o ex-chefe de gabinete Mark Meadows.
O ponto de partida da investigação foi um telefonema de Trump ao oficial eleitoral da Geórgia, Brad Raffensperger, pedindo que ele "encontrasse votos".
O Departamento de Justiça dos EUA também investigou um esquema envolvendo uma "lista alternativa" com eleitores falsos que atestaria a vitória de Donald Trump.
Nas redes sociais, Trum disse que o julgamento foi "manipulado": "Por que não indiciaram dois anos e meio atrás? Porque queriam fazer isso no meio da minha campanha. Caça às bruxas".
Antes da decisão, o juiz responsável pelo caso, Robert McBurney, afirmou que caso o indiciamento fosse confirmado, iria permitir a presença de câmeras no plenário do tribunal.
Se isso acontecer, esse será o primeiro julgamento televisionado de um ex-presidente dos EUA.
Trump também será julgado em outros estados por mais uma investigação de conspiração para tentar reverter a derrota para Joe Biden nas eleições, manejo ilegal de documentos de interesse nacional após sua saída do cargo, e por tentar comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels sobre um relacionamento extraconjugal.
Nos três indiciamentos ele é acusado de 78 crimes.
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