(ANSA) - Um tribunal americano em Atlanta, na Geórgia, realiza nesta segunda-feira (14) a audiência do júri que irá definir se o ex-presidente Donald Trump será indiciado pela quarta vez.
Os jurados avaliam o caso de suposta tentativa de interferência do republicano no resultado das eleições de 2020.
O ponto de partida foi um telefonema de Trump ao oficial eleitoral da Geórgia, Brad Raffensperger, pedindo que ele "encontrasse votos".
O Departamento de Justiça dos EUA também investigou um esquema envolvendo uma "lista alternativa" com eleitores falsos que atestaria a vitória de Donald Trump.
Segundo a agência Reuters, o site do tribunal chegou a publicar um documento listando acusações criminais contra o ex-presidente, citando "solicitação de violação do juramento por funcionário público" e "conspiração para declarações falsas", mas o arquivo foi removido do site e um porta-voz da corte negou que ele já tenha sido indiciado.
Trump também será julgado por conspirar para tentar reverter a derrota para Joe Biden nas eleições, manejo ilegal de documentos de interesse nacional após sua saída do cargo, e por tentar comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels sobre um relacionamento extraconjugal.
Nos três indiciamentos ele é acusado de 78 crimes.
O ex-presidente lidera as pesquisas para a escolha do candidato do Partido Republicano à presidência, superando o governador da Flórida, Ron DeSantis, mas será julgado por alguns desses casos em meio à campanha eleitoral.
O tribunal do condado de Fulton anunciou que ficaria aberto além do horário normal, 17h no horário local (18h no horário de Brasília), nesta segunda, para não interromper o trabalho do júri.
O juiz responsável pelo caso, Robert McBurney, afirmou que caso Trump seja de fato indiciado, irá permitir a presença de câmeras registrando o plenário do tribunal.
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