(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez neste sábado (24), em Paris, um balanço final de sua viagem à Europa e destacou que suas visitas à Itália e à França permitiram a retomada das relações.
Segundo o petista, sua passagem por Roma "permitiu o relançamento das relações" com a Itália, com a qual "não tínhamos visitas oficiais há seis anos, embora vivam 600 mil italianos no Brasil e 30 milhões de brasileiros sejam originários desta Península".
"Por isso, convidei o presidente Sergio Mattarella e a primeira-ministra Giorgia Meloni para uma visita oficial o mais breve possível", acrescentou durante coletiva de imprensa.
Durante a visita, Lula se reuniu com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, a premiê italiana, Giorgia Meloni, além do papa Francisco e do prefeito da "cidade eterna", Roberto Gualtieri. Na ocasião, ele discutiu as relações bilaterais com os líderes do país.
Em seu perfil no Twitter, Lula já havia enfatizado que retorna ao Brasil "muito feliz com os encontros importantes que tivemos na Itália e França, para retomarmos relações entre nossos países e pensamos sobre o futuro". "Tenho certeza que o Brasil terá bons frutos. Bom dia e bom sábado a todos!", escreveu.
Na coletiva em Paris, o presidente brasileiro ainda disse que o encontro com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, "permitiu nos atualizar sobre várias questões fundamentais, das quais a mais importante diz respeito ao projeto de acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
"Ambos sabemos dos problemas que existem para chegar a um bom entendimento. No que diz respeito aos nossos dois países sabemos que a França quer proteger seu setor agrícola, e eles sabem o quão importante é a proteção da pequena e média empresa em matéria de concursos públicos", acrescentou Lula.
De acordo com ele, Bruxelas enviou "uma última carta sobre o acordo com a qual não concordamos e estamos preparando uma resposta". "Espero que tenhamos capacidade e sabedoria para resolver essa questão.
Por fim, Lula abordou a questão da relação entre as desigualdades e o clima, enfatizando ainda o "drama do Haiti", que "está em grave emergência" e "esquecido por todos".
"Quando falei do combate às desigualdades e pelo clima, é porque hoje as desigualdades são maior do que antes. E, por exemplo, devemos nos indignar como sociedade com o que está acontecendo no Haiti, país que paga por ter sido o primeiro estado independente da América Latina em 1804. A grave emergência e a violência ali existente parecem não interessar a ninguém e é um problema de todos nós", alertou.
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