(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar neste sábado (24) a insurreição deflagrada pela organização paramilitar russa Grupo Wagner contra o governo de Vladimir Putin, mas reforçou que é a favor da paz.
Durante coletiva de imprensa em Paris, o petista afirmou que ainda não tinha informações suficientes para comentar a rebelião, classificada pelo líder russo como uma "facada nas costas", e que talvez fizesse isso quando retornar ao Brasil.
"Lamentavelmente eu não posso falar porque eu não tenho as informações necessárias para te falar. Eu, quando chegar ao Brasil, que eu me informar de tudo o que aconteceu ontem, que tiver várias informações, aí eu posso te falar, mas agora seria chutar, sabe, de forma precipitada uma informação que eu não tenho", disse Lula ao ser questionado.
O líder brasileiro explicou ainda que não sabia "o tamanho da rebelião", mas que conversaria com "muita gente" sobre o assunto. Além disso, garantiu que é contra a guerra e quer a paz.
"O meu pensamento é simples: eu sou contra a guerra. Eu quero paz. É isso. Nós condenamos a invasão da Rússia ao território da Ucrânia. Isso já está declarado e votado na ONU. Mas isso não implica que eu vou ficar fomentando a guerra", ressaltou.
Por fim, ele afirmou que quer "criar condições para que os dois países se sentem" [na mesa de negociação], porque, "por enquanto, eles não querem se sentar porque cada um está achando que vai ganhar".
"Mas em algum momento eles vão sentar. E vão precisar de interlocutores com muita responsabilidade para tentar negociar. E o Brasil está participando", concluiu Lula, que já embarcou para o Brasil.
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