(ANSA) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou nesta quinta-feira (22) o julgamento do processo que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível pelos próximos oito anos.
O ex-mandatário é acusado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) de "abuso de poder político e dos meios de comunicação" ao ter convocado, às vésperas das eleições de 2022, um evento com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eleitoral.
O próprio Bolsonaro já admite ser condenado, o que pode criar um vácuo de liderança na direita brasileira. "Hoje em dia, é quase uma unanimidade que vou perder a ação", reconheceu o mandatário em entrevista à CNN Brasil.
O julgamento começará com a apresentação do caso e as argumentações da acusação e da defesa, cada uma com direito a 15 minutos. Após essa etapa, o Ministério Público Eleitoral (MPE), que é favorável à condenação, dará seu parecer.
Em seguida, o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso no TSE, será o primeiro a dar seu voto, seguido por Raul Araújo, Floriano de Azevedo, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques (o único indicado por Bolsonaro) e Alexandre de Moraes, presidente da corte.
O tribunal reservou três sessões para julgar o caso: se a votação não terminar hoje, o processo será retomado em 27 e 29 de junho.
Além disso, se um dos juízes pedir vista, o julgamento será interrompido e retomado dentro de até 30 dias, prazo prorrogável por mais 30. (ANSA)
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